"Súcubo (em latim succubus, de succubare) é um demônio com aparência feminina que invade o sonho dos homens a fim de ter uma relação sexual com eles para lhes roubar a energia vital.
O súcubo se alimenta da energia sexual dos homens e coleta seu
esperma para engravidar a si mesma ou a outros súcubos e, quando invade o
sonho de uma pessoa, toma a aparência de seus mais profundos desejos sexuais, sugando a
energia proveniente do prazer da vítima. As súcubos tendem a ficar mais
fortes e mais frequentes em épocas de transição de lua cheia, com isso
ficando mais descontroladas e mais sedentas. Estão associados a casos de
doenças e tormentos psicológicos de origem sexual, pois após os ataques
se seguiam pesadelos e poluções noturnas nas vítimas. De acordo com a mitologia, são seres que podem viver
aproximadamente 750 anos".
Nem preciso dizer que esta lenda é INTERESSANTÍSSIMA sob vários aspectos, certo? Cara, imagina seu desejo sexual mais forte ser PERSONIFICADO por uma "mulher" que se ALIMENTA do TESÃO que você sente por ela?
Muito louco isso. E também perigosíssimo!
Como já conheci algumas "súcubus" na vida real, pois devo ter namorado umas duas, pelo menos, posso afirmar com uma certa dose de experiência que são relacionamentos extremamente tóxicos, desgastantes, frustrantes e, em última análise, imbecilizantes. O homem fica completamente idiota quando se vê submisso e vulnerável aos "encantos" desta "entidade". Perde não só o senso de ridículo, o tal "disconfiômetro", como também quaisquer resquícios de autoconhecimento adquirido até então. Após um "relacionamento" desta natureza, ao ser perguntado a respeito de sua cor preferida ou alimento que mais gosta, não saberá responder. E sim, obviamente continuo falando por experiência própria.
O lado "bom" - se é que pode ser chamado assim - é que ocorre uma necessária desmitificação do sexo. A contraparte masculina da tríade "comer, rezar, amar", que é "comer, trepar, meter", fica em segundo plano e você começa a conversar com o sexo oposto realmente ouvindo o que ela tem a dizer. E, acredite, apesar de você acabar ouvindo uma quantidade monumental de besteiras sem sentido ou nexo com a realidade, de vez em quando surgem coisas boas (e úteis!) ali.
Aí vem a "moral da história". Descobri recentemente que é possível aprender muitas coisas interessantíssimas sobre o universo, o mundo e todas as coisas conversando com uma "súcubo" de carne e osso! É verdade! Vencido o impulso inicial, primitivo e instintivo de beijá-la, tirar sua roupa e iniciar os procedimentos de coito ali mesmo, no meio do supermercado, o simples fato de ouvi-la acaba se tornando uma experiência memorável.
Apenas a título de curiosidade, para citar os tópicos mais interessantes, aprendi que:
- Nós projetamos, de forma inconsciente, muitos dos nossos defeitos, frustrações e anseios na "pessoa amada" o tempo todo;
- Não sou tããããão carente assim como eu pensava. Mesmo considerando os diversos tipos de carência - afetiva, de reconhecimento, social, sexual etc. - no frigir dos ovos somos todos mais ou menos adaptáveis a todas elas, o que é algo impressionante e acaba fazendo bem para nossa autoestima;
- A energia do que falamos para as outras pessoas possui um peso enorme. As palavras carregam intenções e interpretações que jamais podemos antecipar. Isto nos leva a tomar alguns cuidados interessantes, como por exemplo o tom de voz, o volume, o timbre, o jeito, a forma e a intenção do que queremos dizer em quaisquer processos de comunicação com os outros.
Sendo assim, de agora em diante o termo para mim só se aplicará quando eu for explicar ao meu pequeno sobrinho que sua bebida preferida acabou.
"- Tio, cadê o suco?"
"- Bô".
Comentários
Postar um comentário
Seja bem vindo(a), fique à vontade e volte sempre!