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Mostrando postagens de dezembro, 2008

Balanço geral 2008

Bom, considerando todos os percalços, síndromes de pânico, fobias, estresses, vacilos, manotas e idas ao banheiro antes das apresentações... o ano de 2008 foi sem dúvida uma "belezura" em termos de quantidade e qualidade de textos cômicos mostrados ao público. Aprendi, com o meu amigo Bruno Berg, a atuar como atacante em jogo de decisão, ou seja, chamar para mim a responsabilidade de fazer uma boa apresentação, INDEPENDENTEMENTE da reação da "massa". Aprendi trocentas milhares de coisas com a Paloma sobre o universo feminino, das quais eu nem fazia idéia antes. E isso foi ótimo porque pude ver que não somos duas "espécies" tão incompatíveis assim - homens e mulheres - e até nos parecemos em muitos aspectos. Com o Arthur, foram várias lições de humildade e generosidade. Só de vê-lo no palco pude encarar a comédia stand-up de um jeito muito mais light, sem stress. Quer dizer, pelo menos estou tentando, né? O Gabriel continua me surpreendendo a cada aprese

OFICINA DE STAND-UP COMEDY: PARA QUÊ?

   Muita gente tem me questionado a respeito do conteúdo da oficina de stand-up comedy . Alguns acreditam que ela exista apenas para "dar algumas dicas" aos iniciantes. Outros afirmam que é uma aula para aprender a improvisar. E sempre existem aqueles que acham que ela é inútil...    Na verdade, nenhum deles está totalmente certo... nem 100% errado! (rs). Desde a primeira edição da oficina, em Julho de 2004, o principal fator que me motivou a elaborar o conteúdo da mesma foi a crença inabalável de que Belo Horizonte tem talentos geniais na comédia, que ainda não foram revelados ou não tiveram a chance de mostrar todo o seu potencial. Esta premissa ainda é verdadeira. Além disso, existe a necessidade (minha, pelo menos) de divulgar o estilo "comédia stand-up" para o maior número de pessoas possível. Isso porque, se tem uma coisa que o público nos mostrou, este ano, sem deixar sombra de dúvida, foi que beagá tem FOME de humor inteligente. E os mineiros são exigentes

SP X MG

Em entrevista recente do grupo “ Queijo, Comédia e Cachaça ” a jornalistas da Editora Abril, de São Paulo, pude comprovar algumas teorias interessantes que até então só existiam assim, em teoria. Como por exemplo: “ Paulista só levanta da cama se for para ganhar dinheiro ” . Quando uma frase dessas é proferida por um mineiro, soa preconceituosa, gratuita, arrogante e até um pouco ofensiva. Quando dita por um paulista, entretanto, o sentido é outro - e bem mais verdadeiro. Comparar a realidade do universo materialista de São Paulo com resquícios da hospitalidade e generosidade dos mineiros também é irresistível. Não é à toa que o stand-up comedy fez tanto sucesso por lá. Antigamente eu atribuía este sucesso, de forma leviana, ao simples fato da cidade possuir uma indústria do entretenimento muito maior do que qualquer outra região do País – com exceção, talvez, do Rio de Janeiro – e de ser também uma das regiões mais populosas do mundo. No fim das contas, tem mais caroço nesse a