Um mergulhador holandês foi fisgado no lábio pelo anzol de um garoto de 13 anos que pescava no litoral do Mar do Norte, próximo à cidade de Zierikzee, na Holanda.
"Eu ouvi um barulho sobre a minha cabeça e, logo em seguida, senti um forte puxão no meu lábio", afirmou Wim van Huffelen ao jornal local De Telegraaf.
O mergulhador estava nadando próximo a uma praia de Zierikzee quando foi "pescado". Graças a um médico da cidade, o anzol foi retirado do lábio de van Huffelen, segundo o site Metro.
Muitas vezes ficamos deslumbrados com estes programas sobre as “maravilhas do mundo submarino”, as belezas inigualáveis das profundezas do oceano, etc. Só de observar a diversidade de vida animal, os peixes, baleias, golfinhos, enfim, tudo que o ser humano não consegue ver, digamos, na superfície, já nos deixa de boca aberta (e boca aberta entra anzol). O que os peixes, baleias, golfinhos e afins também não conseguem ver na superfície é um exemplo de “vida inteligente”. Já pensou como este mergulhador virou motivo de piada entre os bacuris que transitavam por ali? “Olha lá, Nemo, é por isso que mamãe fala pra não ficar encarando aquele bichinho prateado, com umas pontinhas de ferro, que fica preso naquela coisa tipo uma linha, viu?”. Enquanto isso, o tal Nemo deve ter ficado só ali, parado, olhando. Uma observação: muitos pais descambaram a batizar os filhotes de “Nemo”, coisas do (sub)mundo aquático de influências da Disney e da Pixar. Curiosamente, milhares de outros filhotes nasceram com o nome Alfredo, apesar dos dois fatos não estarem, em princípio, relacionados.
Ao olhar estarrecido do jovem Nemo, aquele mamífero esdrúxulo com roupa ridícula, debatendo-se sem parar em rumo à superfície, é uma lição que vale mais do que cem mil palavras. Até porque, debaixo d´água, todas as palavras soariam mesmo como “glub, glub”. Pelo menos para o pobre-coitado do mergulhador. Outro ponto que merecia – lá vem trocadilho infame – “aprofundamento” na matéria (sacou?) é a orientação sexual do tal garoto de 13 anos. Já pensou se ele for gay? “Nossa, olha só o que eu peguei, gente. Que ‘peixão’, hein? Hummm... e já vem com roupinha coladinha, couro preto, do jeitinho que eu gosto! Ui, que tudo! Vou pescar aqui todo dia, gente!”. Sem contar a gozação na escola, após o incidente. “Aquele carinha ali é tão ruim de pesca que até hoje só pegou um mergulhador, mesmo assim, por engano. Acabou devolvendo pro mar”.
Sob o ponto de vista do mergulhador a situação toda também não deve ter sido nada agradável. Chegando em casa, ao relatar o dia para a esposa, aposto que acabaria rindo de si mesmo. “Estava lá, meu bem, vendo os peixinhos, que por sinal pareciam estar olhando pra mim com um ar de ironia, quando de repente senti um puxão no lábio e fui até a superfície. Eu fui pescado, você acredita?! Quando é para procurar emprego, fazer entrevistas e ficar na frente de milhares de pessoas, ninguém me vê, mas é a conta de entrar no Mar, onde por sinal não tinha ninguém, que olha só o que acontece. Ah, eu fico puto!”. A esposa, num misto de condoída e espantada, deve estar sentada no chão, chorando de rir até agora...
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