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E agora, José?

Tenho novos standups para apresentar e estou sem lugar para fazer o espetáculo! Vou te falar uma coisa, todo mundo que eu conheço diz que é uma maravilha morar em Belo Horizonte, que é a metrópole com um dos melhores índices de qualidade de vida - o ar, pelo menos, é mais limpo do que Rio/SP - só que para TRABALHAR com comédia, esse lugar é uma piada...de mau gosto.

"Ah, quer dizer então que você faz 'têndi cômidi'? O que é isso?". É standup comedy... "ah, bom... e cumé que é esse trem?". Você chega na frente de um microfone, diante de uma platéia, e fala umas bobagens lá. E vai embora depois. E pronto, cabô. "Uai, que trem doido, sô!".

Então, sotaques à parte, meu foco ultimamente tem sido melhorar o meu "discurso de vendedor", algo que definitivamente não está imbutido no meu código genético. Parafraseando o John Cusack no filme "Say Anything" (1989), quando o pai da namorada dele pergunta o que ele quer ser quando crescer:

"- Eu não quero vender, comprar, ou processar alguma coisa, como profissão. Nem vender qualquer coisa processada ou comprada, ou comprar qualquer coisa vendida e processada... ou processar qualquer coisa vendida ou comprada... ou reparar qualquer coisa vendida, comprada ou processada."

No caso do Lloyd, personagem interpretado pelo Cusack neste filme, resta somente uma opção viável: treinar kickboxing. "É um esporte que tem futuro", ele diz. No meu caso... achar um lugar para apresentar meu repertório novo de standup!!! Afinal de contas, é um repertório que tem futuro também, nem que seja aquele em que a gente só fica olhando o tempo passar...




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