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O universo da comédia é mesmo uma piada, principalmente para quem está começando. Ter que lidar com o "mundinho teatral" é foda. Como todo o respeito e sem ofensa, mas que povinho podre!

Alguns prometem uma coisa e não cumprem, mas recentemente descobri que existe uma ofensa um pouco pior: prometer uma coisa e cumprir outra, totalmente diferente. E muito, mas muito mais cara. É como se estivessem achando que só porque somos comediantes, automaticamente podemos ser feitos de idiotas. Palhaçada!!!

Por outro lado, existem as compensações. Ah, essas a gente também tem que falar! Conheci uma senhora há uns dias atrás, a Lourdes, super gente boa, que gentilmente cedeu o auditório do seu hotel a um preço bem camarada, para que pudéssemos realizar a nossa oficina e, quem sabe?, até mesmo algumas apresentações de menor porte. Já é nossa parceira e incentivadora; são de pessoas assim que nós precisamos!

As a matter of fact (na verdade), tenho que me lembrar constantemente do LUXO que é poder escolher o ambiente de trabalho onde iremos fazer as pessoas rirem! Claro que tudo isso atrai gente invejosa, ciumenta, chata pra cacete, mal-amada, mal-comida, mentirosa e o escambau. Imagina só: Não apenas poder seguir a profissão dos nossos sonhos mas ainda por cima poder ESCOLHER o "astral" do ambiente onde iremos fazer as pessoas rirem!!! Sem falar que é uma das poucas profissões em que você é recebido com música! Imagina se toda profissão fosse assim? Você está trabalhando no seu escritório e: "bom, acho que vou ali fazer uma cópia deste documento". E plá! Entra uma musiquinha. "É, o xerox não está funcionando, vou voltar para minha sala". Plá! Musiquinha de novo! Já pensou?

Não é à toa que todos os obstáculos possíveis e imagináveis existem no começo, pois uma vez superados, tenho certeza que valerá a pena. Sem falar que a sensação de conquista será muito maior - e melhor. O famoso "tapa de luva" na cara de quem duvida da gente. Uma luva com uma bola de sinuca dentro. (hehe)


Acho que é isso. Só de ter recebido o "ok" da Fund. Clóvis Salgado já foi o suficiente para eu recuperar a "velha forma" e criar dezenas de stand-ups novos durante o dia, coisa que eu não conseguia fazer desde 2004. É um bom sinal. Sem falar que fiquei de bom humor o dia inteiro - pelo menos até ler o valor do aluguel da sala - cumprimentei todo mundo, do porteiro ao trocador do ônibus, fiquei feliz pra caramba e falando besteira sem parar, parecia até que tinha, sei lá, uma vida sexual! (hahaha)

É, pensando bem é até bom que as coisas não dêem totalmente certo como a gente espera. Quem iria aguentar um "bobo alegre" rindo e falando besteira o dia inteiro, não é? Afinal de contas, é "muito mais chique" ser sério e introspectivo, o que também não deixa de ser uma enorme chatice.

Fico com as palavras do grande George Wallace: "É engraçado, mas para ser um bom comediante é preciso ter uma boa dose de tragédia e miséria na vida pessoal. São esses eventos que moldam a 'persona' do comediante, que dão credibilidade ao discurso dele, que criam empatia com o público. É estranho, mas as pessoas mais sofridas que eu conheço são geniais no palco. Absolutamente geniais".

Bom, no nosso caso já não é por falta de sofrimento! (reais e imaginários)

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