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Balanço do Carnaval 2009

Em primeiro lugar, vamos à minha definição básica de Carnaval: eu odeio essa merda. Ter dias específicos para justificar um comportamento idiota, regado a centenas de milhares de contêiners de álcool por pessoa, onde todos se esbarram, se copulam e se esfregam não me parece um sinônimo de “diversão”. Se bem que a parte da ‘cópula com estranhos’ sempre me causou muita inveja.

Bom, o fato é que eu já tenho dias específicos para justificar um comportamento idiota: quando faço minhas apresentações de stand-up comedy, às terças e sábados, e também quando ministro minhas aulas da oficina de stand-up, às segundas e quartas. É um bom começo.

Para quem, assim como eu, sofre de transtornos depressivos, toma medicamento controlado e tem fobia social, o carnaval é o equivalente a colocar um boi na fila de um abatedouro. Ele pode pensar: “I have a bad feeling about this”, principalmente se for um boi bilíngüe. Ou pescar um peixe e jogá-lo, vivo, em óleo fervente. Vivo. Não é legal. Claro que milhares de brasileiros imbecis “se jogam” no ‘óleo fervente’ e ficam alucinados para irem para o ‘abatedouro’, também conhecido como “trio elétrico”. (que porra é aquela?)

E para os que estiverem pensando: "eu sou um brasileiro imbecil só porque quero me divertir no Carnaval?", eu respondo: "Sim, sua anta. Porque a diversão faz parte da natureza humana e, como tal, é uma necessidade, não algo a servir de desculpa esfarrapada para acompanhar a porra do trio elétrico".

Em suma, o ideal de “Carnaval perfeito” para mim hoje é bem simples. É a soma de "tranqüilidade, paz e calmaria de uma cidadezinha do interior" + "uma mulher para meter". Pelo menos uma parte desta equação eu consegui cumprir. Mas já estou doido para voltar para Belo Horizonte.

(pensando bem, qualquer situação que me traz algum resquício de felicidade cumpre essa regra do ‘tranquilidade, paz e calmaria + alguém pra meter’. Realmente preciso achar uma mulher de escorpião logo).

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