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Teoria "Dedo na Roleta"

Atenção:
O que vocês lerão a seguir é um fato verídico, aconteceu mesmo e eu vi de perto


Quarta-feira, 18 de Março de 2009. Aproximadamente 14:35hs. Um cidadão estava passando pela roleta do ônibus quando de repente a senhora que estava na primeira cadeira logo atrás da roleta segurou uma das barras verticais para se segurar após uma freada do motorista. Neste mesmo instante, ao deslizar a roleta, o dedo dela ficou prensado entre a barra vertical e uma das hastes da roleta. Ela gritou, o jovem cidadão ficou esboçando um sorriso estúpido em seu rosto – ou talvez ele seja estúpido por natureza, não dá pra saber – e o trocador fingiu que não viu nada, como os trocadores sempre fazem.

Pergunta: DE QUEM É A CULPA?

Da mulher que colocou o dedo no lugar errado na hora errada? Do cara que passou pela roleta sem prestar atenção e sem perceber que aquela outra pessoa iria se machucar? Ou do trocador mané, que não tá nem aí pra nada nem pra ninguém... apesar do trabalho dele ser justamente estar ali pra todo mundo?

Minha teoria é de que a “culpa” é dos 3 ao mesmo tempo. Se QUALQUER UM deles tivesse sido um pouquinho mais atencioso, o incidente todo teria sido evitado. Pensa bem: o cara poderia ter falado pra mulher tomar cuidado, porque a roleta iria prensar o dedo dela, o trocador poderia ter avisado algum dos dois e a própria mulher poderia ter percebido que o movimento da roleta, naquele momento, certamente iria prensar o dedo dela naquele ponto exato onde ela havia se segurado.

A moral da história é muito óbvia, mesmo assim vale a pena ressaltar: somos vítimas da “teoria da roleta” diariamente, por nossa própria omissão, medo, receio, desatenção ou seja lá o que for que impeça a comunicação com o outro – um amigo, colega de trabalho, etc. Precisamos ter cuidado e lembrar sempre deste incidente, para que nossos dedos não fiquem presos, para que não nos tornemos alienados às atitudes do outro e para jamais sejamos escravos da vontade de “passar por cima” das pessoas, ferindo-as e magoando-as no processo. Afinal de contas, para o bem ou para o mal, estamos todos viajando sempre no mesmo “ônibus”... um imenso, globalizado e miscigenado coletivo.

"A única coisa necessária para que o mal triunfe é os homens de bem não fazerem nada". Gênesis 3,9.

"Não estamos ameaçados pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade". Einstein, doidão gente fina.

(foto: http://pombobebo.blogspot.com/2009/02/arte-em-dedo.html)

Comentários

  1. Muito bacana rapaz sua reflexão...eh por aí mesmo! Temos que aprender a oferecer ajuda e não esperar o outro pedir. A maioria dos ajudantes de pedreiro, marceneiro e pintor tem essa dificuldade.

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