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A Descoberta Definitiva

Então... tive uma revelação surpreendente na minha última apresentação. Dia histórico: 21 de Abril de 2009. E foi logo no início, enquanto eu testava um texto onde eu falava pela primeira vez na vida sobre a condição de ser um professor de stand-up comedy...

Como provavelmente não vou usar esse texto nunca mais, era mais ou menos assim:

- "Porque o professor sempre só se fode. Se fizer alguma coisa que presta, não fez mais do que a obrigação, afinal de contas, é 'o professor'. Se fez alguma coisa errada, também foda-se: 'ah, quem não sabe fazer, ensina mesmo'. Ou seja... não tem jeito, de todo jeito ele tá ferrado".

Depois que falei isso ficou aquele silêncio na platéia. Um silêncio, claro, ao qual eu já estava acostumado há muito tempo.(rs) Só que este foi diferente. Foi um silêncio do tipo "ei, não precisa disso, estamos do seu lado".

Meus amigos... no fim das contas a relação com o público não é "tããão complexa" assim como eu pensava. Claro que eu queria muito que alguém tivesse falado isso comigo em 2004, quando comecei a me apresentar 'profissionalmente'. Mas tudo bem. O que importa é que agora eu sei. Finalmente entendi isso! A disposição inicial geralmente é uma tendência a GOSTAR do comediante. Claro que sempre existirão aqueles que irão te analisar como se você fosse um daqueles candidatos do programa "Ídolos", mas estes são a minoria!

Em que isso irá influenciar em minha 'persona' no palco? Não sei e não interessa. Isso só o tempo dirá. Queria dividir isso com todo mundo porque eu me conheço bem o suficiente para saber que vou me esquecer de seguir meus próprios conselhos. Preciso sempre de alguém - amigo, namorada, amante, ficante, colega de trabalho, produtora, etc. - para me lembrar desse pequeno detalhe: eles querem gostar de mim, a priori, e não me odiar, como eu sempre achei que acontecia.

(Caramba! Está aí um texto que seria bom eu ler todo dia...)

obs: o pirralhinho da foto traduz bem a sensação que eu tenho no palco - um frágil bebê, totalmente vulnerável a todas as atitudes, olhares e julgamentos alheios (quando está no palco, pelo menos... e fora dele, hehe). Ao mesmo tempo em que processa sentimentos contraditórios na velocidade da luz em seu subconsciente. E que definitivamente gosta de receber uma "chupetinha" de vez em quando...




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