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CHEGA DE VIOLÊNCIA!



Não, não é um texto que fala sobre briga de torcida, nem violência no futebol, nada disso. Quer dizer, se isso parasse de existir também seria bom, né? Pelo menos haveriam mais pessoas estacionando carro perto do Mineirão sem medo dele virar churrasquinho. (o carro, não o Mineirão)

Mas estou me referindo aqui à minha própria agressividade. É difícil me referir a ela sem tentar me justificar e sem ficar com “pedras na mão” para me defender. É como se alguém fosse falar sobre palavrões e dissesse “eu odeio palavrão, caralho. Não xingo essas merdas nem fudendo, porra”.

Mas vamos lá. Porra. Em primeiro lugar, não tenho a menor vontade de carregar esse rótulo comigo, o de “sujeito agressivo”. Isso nunca me trouxe vantagem, serviu só para garantir meu isolamento social em uma época em que ficar isolado, para mim, era vantagem (10 aos 27 anos).
Já passei dessa fase há muito tempo, graças a Deus, e ainda estou trabalhando para diminuir radicalmente os impulsos agressivos... que, mesmo sabendo que são naturais do ser humano, não se justificam praticamente sob nenhuma circunstância.

A minha agressividade, especificamente, serviu apenas para que eu fosse demitido precocemente de cada emprego, terminasse meu relacionamento com qualquer mulher, fosse suspenso da faculdade durante um tempo, expulso de vários grupos, etc. Os prejuízos, tanto do ponto de vista pessoal quanto profissional, são incontáveis. E somente agora, depois de “velho” – tá, depois dos 30, vá lá – é que aprendi como fazer para evitar cair na repetição dos mesmos erros que me trouxeram tanto prejuízo no passado.

A solução era simples e idiota, e obviamente só foi assimilada porque veio de pessoas que verdadeiramente gostam de mim e por quem tenho um apreço acima do normal. Por que será que só conseguimos fazer as mudanças mais radicais em nós mesmos quando somos questionados por quem a gente ama, né? Coisa chata... rsrs. Claro que existe um “centro” da nossa identidade que permanece imutável, que é o que define nossa personalidade, individualidae, etc. Mas este texto não trata disso...

Trata exatamente da parte em mim que eu precisaria ter mudado a mais tempo, caso tivesse sido mais humilde com quem tentou me ajudar e mais humano com quem teve paciência de me aguentar...

Quando tive essa “revelação” hoje, achei interessante as pessoas à minha volta me perguntarem se eu estava chateado COM ELAS. Falei que não, claro. E é verdade. A “chateação” – que fica mais como “decepção” – é sempre comigo mesmo, afinal de contas, caso tivesse “caído a ficha” antes, muitos atritos desnecessários poderiam ter sido evitados e a qualidade dos relacionamentos – mesmo profissionais – seria outra, muito diferente, e para melhor, com certeza. Espero que ainda dê tempo de consertar algumas coisas. Será melhor para mim também.

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