E m primeiro lugar, vamos à minha definição básica de Carnaval: eu odeio essa merda . Ter dias específicos para justificar um comportamento idiota, regado a centenas de milhares de contêiners de álcool por pessoa, onde todos se esbarram, se copulam e se esfregam não me parece um sinônimo de “diversão”. Se bem que a parte da ‘cópula com estranhos’ sempre me causou muita inveja. Bom, o fato é que eu já tenho dias específicos para justificar um comportamento idiota: quando faço minhas apresentações de stand-up comedy, às terças e sábados, e também quando ministro minhas aulas da oficina de stand-up, às segundas e quartas. É um bom começo. Para quem, assim como eu, sofre de transtornos depressivos, toma medicamento controlado e tem fobia social, o carnaval é o equivalente a colocar um boi na fila de um abatedouro. Ele pode pensar: “I have a bad feeling about this”, principalmente se for um boi bilíngüe. Ou pescar um peixe e jogá-lo, vivo, em óleo fervente. Vivo. Não é legal. Claro que
relacionamento, comportamento, entretenimento